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Você é além de falcoeiro um estudioso, investigador, escritor, tradutor, músico, ambientalista e amante das artes. É um enorme prazer para o meu blog Diário de Estudos de Falcoaria fazer esta entrevista e tenho certeza de que os brasileiros vão adorar esta oportunidade de conhecer mais um pouco da sua história de vida e de falcoeiro, que é realmente fascinante. Muito obrigada por esta entrevista e vamos começar.
Você é membro da associação espanhola de falcoaria desde a sua fundação em 1978, presidente do clube de falcoeiros do estreito, assim como membro de muitas outras associações. Qual é a importância do falcoeiro fazer parte de uma ou outras associações?
A Espanha é bastante complicada porque na Espanha são 17 comunidades autônomas e cada uma tem um parlamento com um presidente, e então o problema é que cada comunidade tem competências atribuídas pelo governo central e que neste caso afetam a todos nós, em matéria de meio ambiente e em matéria de caça de forma que, Andaluzia, por exemplo, nos permite voar algumas espécies, em Castilha la Mancha ou no Pais Baixo outras, na comunidade de Madrid o mesmo, assim que é complicado. Para que você tenha uma ideia, há comunidades como Castilha Leão e Castilha La Mancha que fazem fronteira e que nos deixam voar um par de híbridos, e em outra só um macho de híbridos, em outra você pode voar um macho de Harris, é uma confusão tremenda. E outra coisa é no que se refere à licença, em cada comunidade há que tirar uma licença de caça. O que ocorre é que os problemas são muito difíceis de resolver, assim que em cada comunidade temos uma associação, além da nacional, e cada associação cuida dos problemas de cada comunidade.
Para os iniciantes você acredita que fazer parte de uma associação é muito importante, não é?
Eu acredito que sim, há um ditado muito antigo que diz que a união faz a força e a única forma de que se tenha força em um esporte como o nosso que é minoritário é que sejamos unidos, dessa forma há mais força do que cada um pro seu canto.
Seu primeiro livro foi publicado em 1985, chamado Açor, Deus o fez eterno, e é considerado como um dos clássicos da falcoaria espanhola; Como surgiu a ideia de escrever este livro?
Na minha família sempre houve muita cultura musical e muita cultura cinegética, meu pai era muito aficionado pela caça, mas no meu caso desde pequenino as aves de rapina me chamavam a atenção, e as primeiras aves que manejei foram açores, durante 10,12 anos da minha vida só voei açores, assim que era apenas um diário de caça, nunca pensei em publicá-lo. O que acontece é que José Antoni Val Verde, criador do parque nacional de Doñana, o considero um gênio, me incentivou. E assim chegou o primeiro livro de Jorge Rodriguez de La Fuente, que me iniciou na falcoaria, naquela época vivia em Sevilha e no dia que nos conhecemos, ele era muito mais velho do que eu, e me disse que eu tinha que publicar o livro. A princípio eu disse que não, tive um pouco de vergonha em publicar este primeiro livro assim que o fiz com todo o meu coração, era como a primeira namorada, que você se apaixona. Por fim ele me convenceu e o livro teve muitíssima aceitação na Espanha, e há uns 10 anos ele foi reeditado em espanhol e em inglês, e a verdade é que eu tenho muito carinho por ele.
Em 1988 você criou o primeiro centro de reprodução em cativeiro de aves de rapina que hoje reproduz por volta de 10 espécies diferentes. como foi iniciar este processo?
Temos que tomar cuidado com o seguinte, temos que esclarecer isso, a nós na Espanha nos era concedido retirar pássaros da natureza, há uma junta nacional de aves de rapinas e era ela quem decidia quais aves que se podiam ter em toda a Espanha, e havia uma lista de espera, erámos muito poucos naquela época, nos colocavam na lista de espera para poder ter posse de um falcão. Por outro lado você tinha que buscar o ninho e conseguir a autorização do proprietário da fazenda onde estava o ninho, e também tinha que ter um número determinado de filhotes para que você pudesse extrair um para usá-lo na falcoaria, era uma verdadeira confusão.
Mas o que nos levou a trabalhar com a reprodução em cativeiro foi precisamente a proibição da falcoaria na Espanha no ano de 89 e então cada um de nós, uns companheiros de Madrid que se foram à França, foram à Inglaterra, e não tínhamos nem ideia de como se criava um falcão ou como se criava um açor. Logo depois nós fomos aos EUA, à costa Oeste, à universidade de Santa Cruz e ali eu aprendi a técnica de extração de sêmen e de inseminação, e quando voltei pra Espanha criei um pequeno centro e comecei a criar, neste aspecto fomos os pioneiros na Espanha, e nós embarcamos nesta aventura, e criamos 4 ou 5 centros, e com o tempo começamos a criar cada vez mais espécies, criamos até agora 14 ou 15 espécies, até mesmo híbridos.
Em 1898 você importou os primeiros gaviões asa de telha (parabuteos) e estas aves foram as primeiras desta espécie na Espanha, e então você começou a reproduzi-las e graças a isso essa espécie entrou na moda como aves de baixo voo. como foi a aceitação do parabuteo para os falcoeiros espanhóis?
Um amigo meu das ciências biológicas e que havia feito o doutorado nos Estados Unidos me dizia que tinha conhecido nos EUA um falcoeiro que manejava uma ave de baixo voo que diferentemente do açor tinha um caráter muito nobre e doce, muito fácil de adestrar e de reproduzir em cativeiro, e colocamos um anuncio e um senhor da Califórnia nos respondeu, ele estava passando o natal em Paris e eu o convidei para vir à Espanha e o convidamos e ele ficou conosco por nove dias e o levei para caçar com açores, o ensinamos a falcoaria que se fazia aqui e ele me disse quando foi embora, ele gostou tanto daqui, da Andaluzia, que quando eu fosse para a Califórnia ele me daria de presente um Parabuteo, e no ano seguinte eu voei para Sacramento e fiquei ali três meses e vivi na Califórnia, em Nevada e em Utah, e conheci o Ricardo Gueralvez e a muitos falcoeiros da costa oeste e já de volta tinha o meu primeiro parabuteo. A princípio os aficionados espanhóis não gostaram dos parabuteos, achavam que eles eram feios, os comparavam com os açores, acreditavam que era uma ave de rapina ordinária, que caçava muito lentamente, como dizia Ricardo Alonzo.
Qual é a sua espécie favorita?
Para o alto voo, para a altanería, eu gosto das pequenas aves, os falcões. Faz sete anos que voo exclusivamente gaviões, sempre estive envolvido com os pássaros, não é bom se ocupar de muitos pássaros, é melhor ter quatro ou três, mas eu gosto e então se eu vejo um falcão que eu gosto eu o compro e o ponho pra voar. O que eu mais gosto são os falcões, e dentro dos falcões os que eu prefiro são os peregrinos, de todas as subespécies.
Em 2003 você publicou o livro a lenda da águia de harris, com a colaboração de falcoeiros como Harry mac elroy dos estados unidos e Rodrigo Munro-Wilsón do México, entre outros. este livro é um dos tratados mais completos desta espécie publicado na Europa. como foi a recepção deste livro?
Eu gosto muito de escrever assim que continuo escrevendo não apenas de falcoaria, mas como de muitas coisas que não publico, mas os parabuteos a principio me fascinaram porque você os maneja com tanta passividade, ao vê-los caçando, eu adoro caçar coelhos e colaborar com os Harris com o cachorro, então tudo aquilo que eu vi, porque tudo para mim era novidade, eu escrevi, especialmente sobre o cativeiro e sobre a caça. E no fim das contas eu queria um livro que ajudasse as pessoas que se iniciavam na falcoaria. De fato o livro em si a principio ensinava sobre criação e caça, há coisas que parecem ser tão fáceis, e que você não dá tanta importância, mas eu escrevi para um principiante, agora na segunda edição eu fiz um pequeno capítulo inicial para quem está começando.
Aquí no Brasil dizem que a melhor ave para começar na falcoaria é o harris (parabuteo), o que você acha disso?
Aqui na Espanha a tradição, na nossa cultura desde 40 anos atrás, quando se começa na falcoaria se usa um cernícalo (Falco tinnunculus), e eu acredito que o melhor é começar com um pequeno cernícalo porque o Harris (parabuteo) ainda que seja muito dócil não é tão fácil introduzi-lo na caça e manejá-lo, e é certo também que se você não faz isso bem desde o início eles se tornam agressivos, se não o levam para caçar eles podem atacar a criança, o cão, e de fato há muita gente que não o manejam adequadamente e o tratam como um mascote e o Harris tem sim caráter e se torna agressivo.
Em 1991 você introduziu na Espanha as competições desportivas chamadas sky trial, e o campeonato espanhol de altanería é considerado como a prova de falcoaria mais prestigiosa de toda a Europa. como foi introduzir estas competições?
Eu vi as competições de sky trials e fiquei apaixonado, as pessoas as conduziam muito bem, se divertiam, era um espetáculo trabalhar os pombos, a caça real traz os seus problemas quando se compete, na caça real a presa tem que estar nas mesmas condições, em fim, me pareceu fenomenal o sky trial e em 91 eu o coloquei em prática aqui na Espanha, e houve muito êxito, na verdade é que este ano, precisamente em Dezembro, faremos 25 anos daquele primeiro sky trial, e bom, nós reunimos a todos os aficionados da Espanha. É como uma pequena feira de falcoeiros de artesões de toda a Espanha, vendendo seus produtos, de capuzes, luvas, bancos, alcandras. Acabaram de confirmar que virá o presidente da associação de falcoeiros da Rússia, virão para conferencias, temos aficionados não apenas da Espanha, mas de muitos pontos do mundo, e é um pequeno festival, uma pequena festa.
Acredito que ela é a única competição de falcoaria do mundo que é oficial pelo conselho superior do esporte, os juízes aprovaram esta competição, falando este ano com um amigo dos Emirados Árabes, ele me confirmou que ela é a única competição oficial do mundo. É muito mais difícil proibir algo que é mais forte, é uma competição esportiva como si fosse de tênis, de futebol, de falcoaria, consegui que ela fosse declarada como patrimônio cultural e quero que na Espanha ela perdure por muito tempo.
Você tem um trabalho acadêmico muito importante, com a publicação de muitos artigos e com participação em muitos eventos universitários. qual é a importância do diálogo entre a falcoaria e a academia?
Espanha tem uma cultura falcoeira que se iniciou no há muitos séculos, e temos uma bibliografia medieval fantástica, o príncipe Dom Juan Manuel, Juan de Saúl, Zapata, os clássicos medievais são importantíssimos, e são livros importantes, continuo lendo eles. Eu me propus já faz alguns anos a levar a falcoaria aos colégios e universidades, a explicar realmente o que é a falcoaria. A falcoaria moderna se diversificou, ainda há os mais puristas que consideram que a falcoaria é apenas caça com aves de rapina. Eu que tenho a mente sempre muito aberta vejo que a falcoaria vai muito além, os falcoeiros no aeroporto, voando os Parabuteos, cuidando da segurança do voo, a falcoaria que se faz, por exemplo, nos parques aquáticos e nos grandes espaços recreativos. Bem, não é falcoaria na definição da palavra, mas não deixa de ser falcoaria, e, além disso, há muita gente que vive e importa artesanato, não deixam de ser falcoeiros porque não voam falcões, são eles quem produzem capuzes, luvas, que fabricam os guizos, em fim o que há que fazer é conhecer, no bom sentido, o que é a falcoaria.
Há muitos falcoeiros mais tradicionais que acreditam que o trabalho de controle em aeroportos não é falcoaria.
Pois que sim, que é falcoaria, no aeroporto de Sevilha, por exemplo, tem uma periferia de 600 hectares, abundam muito a caça, e a única maneira de controlar a esta população é que se voe muito bem por altaneria, que agarrem forte, não há maneira de controlar sem a falcoaria, e assim que é falcoaria, é falcoaria pura e dura. Há gente com estes ideais medievais e eu digo que eu respeito a todos, mas que sim, que o controle de aves no aeroporto é falcoaria.
Como escritor e investigador, como você avalia a importancia dos estudos teóricos para os falcoeiros de hoje?
Bom, as pessoas continuam lendo e comprando os meus livros, eu sou músico e a música, a indústria da musica na Espanha acabou por causa da internet. Hoje ninguém compra um cd, hoje quando se faz música já se põe um concerto ao vivo na internet, mas ninguém compra música. Porém os livros sim é verdade, eu sou um apaixonado por livros, tenho uma biblioteca magnifica, e eu gosto de ter o suporte físico do livro, ler ele, tocar ele, em fim, há verdadeiras joias bibliográficas, um livro de 1800 é como uma obra de arte e com a vantagem de que te valorizam ela. Não faz muito tempo eu comprei uma edição antiga, é uma obra de arte, um livro avaliado em € 2.500 quase € 3.000 euros, então o comprei, eu gosto de tê-lo. Eu digo que se querem continuar com os profissionais, que eles sigam escrevendo livros deveriam tentar não escanear eles e subi-los a páginas onde os fornecem gratuitamente. Um homem de Cuba que conheci nos Emirados Árabes me disse, olha que lá é muito difícil conseguir livros e entre nós não podemos comprar livros, então eu disse que ia dar dois, três, quatro livros a ele e de fato eu não importo de dar livros, mas o que não me parece certo é subi-los para que fiquem grátis.
Quais são seus planos futuros? você está trabalhando em um novo livro?
Bem, eu já tenho um libro que é uma obra muito ambiciosa, esta semana eu estive na costa Portuguesa olhando livros antigos que eu já conhecia, calculando distancias, olhando um estudo fisiológico do brookei, porque ele tem uma morfologia tão diferente, que me parece que vale a pena fazer um estudo. O que eu quero é criar um museu de falcoaria aqui na Espanha, eu gostaria de criar o primeiro centro internacional de falcoaria aqui na Espanha de maneira que continuo dirigindo a competição, o artesanato, e estou em contato com diversas cidades e estamos conversando.
No Brasil a falcoaria está avançando muito. No evento da IAF em Misiones, Argentina, 40 brasileiros participaram do evento, inclusive com palestras muito importantes. como você vê a falcoaria no brasil?
Eu ia neste encontro na Argentina, mas nesta data não pude ir porque tinha que me dedicar à minha família. E eu conversei com vários companheiros seus, não me lembro dos nomes, e vocês tem a sorte de terem umas espécies fantásticas que podem manejar que são espécies exóticas da selva, e que não podem ser manejadas em outras partes do mundo, ou seja, um Spizaetus, um bicolor, assim que vocês podem manejar praticamente espécies que nenhum outro falcoeiro europeu pode. Bem, vocês são jovens e falando com o Silveira que a tradição começa em algum momento da história do país e que assim vocês podem começar a escrever a história da tradição falcoeira no Brasil, uma cultura falcoeira importantíssima, e eu os vejo como pioneiros da falcoaria brasileira.
Para os iniciantes desta arte tão especial, qual é a sua recomendação? Por onde começar?
Agora a pessoa que se inicia tem a tremenda vantagem de que a informação é tremenda, com a internet a informação que um tem hoje em dia da falcoaria eu não poderia ter tido em quinze anos, porque ou era por carta ou por telefone, não sabíamos como contatar os falcoeiros da Checoslováquia pelo buscador. Hoje é muito fácil, mas é bem certo que a falcoaria é muito sacrificante, tem que se apaixonar por ela, tem que lutar, senão eu creio que se aproveita muito pouco da falcoaria. Para os jovens de hoje está tudo mais fácil do que nunca.
Palavras finais
Muito obrigada por esta entrevista para o meu blog Diário de estudos de falcoaria, com certeza todos os Brasileiros ficarão encantados de ler esta entrevista e te conhecer um pouco mais.
Obrigada a você, Kátia. E um abraço muito forte a todos os Brasileiros, e me desculpem porque tenho já a influencia da idade na minha cabeça e é muito difícil para eu recordar os nomes, mas eles foram muito amáveis comigo em todos os momentos, até me convidaram para conhecer o Brasil, em fim muita sorte!
ENTREVISTA OBREGON REYES EN ESPAÑOL
Usted es además de cetrero un estudioso, investigador, escritor, traductor, músico, ambientalista y amante de las artes. Es un enorme honor para mí blog Diário de estudos de falcoaria (diario de estudios de cetrería) hacer esta entrevista y estoy segura que a los brasileños les va a encantar esta oportunidad de escucharle hablando de temas que a nosotros nos interesa tanto, y conocer un poco más su historia de vida y de cetrero que es realmente fascinante. Muchas gracias por esta entrevista y vámonos a empezar.
Usted es miembro de la asociación Española de Cetrería desde su fundación en 1978, presidente del Club de Halconeros del Estrecho, así como miembro de muchas otras asociaciones. ¿Cuál es la importancia del cetrero hacer parte de una o varias asociaciones?
España es bastante complicada porque en España son 17 comunidades autónomas y cada una tiene un parlamento con un presidente y entonces el problema es que cada comunidad tiene competencias atribuidas por el gobierno central y en este caso afectan a todos nosotros, en materia de medio ambiente y en materia de caza de forma que, en Andalucía por ejemplo nos permite volar algunas especies en Castilla La Mancha o en País bajo otras, en la comunidad de Madrid lo mismo, así que se hace complicado. Para que tengas una idea hay comunidades como Castilla León y Castilla la Mancha que son fronterizas y que nos dejan volar un par de híbridos, y en otra sólo un macho de híbridos, en otra se puede volar un macho de Harris, es un lio tremendo, en el otro lo que se refiere a licencia, en cada comunidad hay que sacarse una licencia de caza. Lo que ocurre es que, los problemas son muy difíciles de resolver, así que en cada comunidad tenemos una asociación, aparte de la nacional, y cada asociación local cuida de los problemas de cada comunidad.
Para los iniciantes cree que hacer parte de una asociación es muy importante, verdad? Lo pienso que sí, hay un refrán muy antiguo que dice que la unión hace la fuerza y la única forma de que se tenga fuerza en un deporte como el nuestro que es minoritario es que estemos unidos, de esa forma hay más fuerza de que cada uno a su lado.
Su primer libro fue publicado en 1985, llamada Azor Dios lo hizo eterno, y es considerada como unos de los clásicos de la cetrería española. ¿Cómo surgió la idea de escribir este libro?
En mi familia siempre ha habido mucha cultura musical y mucha cultura cinegética, mi padre era muy aficionado por la caza pero a mí siempre me llamaran a la atención desde chiquillo las aves de presa y las primeras aves que las manejé fueran azores, durante 10, 12 años de mi vida sólo volé azores, así que era sólo un diario de caza, nunca pensé en publicarlo. Lo que pasa es que José Antoni val Verde criador del parque nacional de Doñana, lo considero un Genio, y me apoyó mucho, y así que llegó el primer libro de Jorge Rodriguez de la fuente que me inició en la cetrería, por aquella época vivía en Sevilla y en el día que nos conocimos, él era mucho mayor que yo y me ha dicho lo tienes que publicar. A principio yo dije que no, tuve un poco de vergüenza de publicar este primero libro así como que he hecho con todo mi corazón este primer libro, es como la primera novia no que se enamora, y por fin él me convenció y tubo muchísima aceptación en España y desde luego hace unos 10 años se reedito en castellano y en inglés y la verdad es que lo tengo mucho cariño.
En 1988 usted creó el primer centro de cría en cautividad de aves de presa, que hoy reproduce 10 especies diferentes. ¿Cómo fue iniciar este proceso?
Hay que tener cuidado por lo siguiente, tenemos que aclarar eso, a nosotros en España nos concedían pájaros de la naturaleza, hay una junta nacional de rapaces y ella que decidía cuales rapaces se podían tener en toda España y había una lista de espera, éramos muy pocos en aquella época, nos ponían en una lista de espera para poder tener pose de un halcón. Por otra parte tenía que buscar el nido y conseguir la autorización del propietario de la sierra donde estaba el nido, y también tenía que tener un número determinado de pollo para que pudieras extraer uno para el uso en la cetrería, era un auténtico lio. Pero lo que nos decidió a la cría en cautiverio precisamente fue la prohibición de la cetrería en España, en el año 89 y entonces cada uno de nosotros, unos compañeros de Madrid que se fueron a Francia, fueran a Inglaterra y no teníamos ni idea de cómo se creaba un halcón o cómo se creaba un azor. Luego después nos fuimos a EEUU, a la costa Oeste a la universidad de Santa cruz y allí aprendí la técnica de extracción de semen, de inseminación y cuando volví a España diseñe un pequeño centro y comencé a crear, en ese aspecto fuimos pioneros en España, y nos embarcamos en esa aventura e creamos 4 o 5 centros, y con el tiempo empezamos a crear cada vez más especies, hemos creado 14 o 15 especies hasta los híbridos.
En 1898 usted importó las primeras águilas de Harris y estas aves fueran las primeras de esta especie en España, y entonces empezó a reproducirlas y gracias a eso esta especie se puso de moda como aves de bajo vuelo. ¿Cómo fue la aceptación del águila de Harris para los cetreros Españoles?
Un amigo mío de las ciencias biológicas y que ha hecho el doctorado en estados unidos, él me decía que había conocido en Estados Unidos a un halconero que manejaba una ave de bajo vuelo que a diferencia del azor tenía un carácter muy noble muy dulce muy fácil de adestrar y de reproducir en cautividad, y pusimos un anuncio y nos respondió un señor de california que estaba pasando la navidad en Paris, y lo invité a venir a España y ya lo invitamos y se quedó en casa por nueve días y lo llevé a cazar con azores, le enseñamos la cetrería que se hacía aquí y él me dijo cuándo se fue, lo pasó tan bien aquí en Andalucía, vengas a California que yo te regalo el Harris y al año siguiente yo volé a Sacramento y me quedé ahí tres meses y seguí viviendo en California, en Nevada y vivía en Utah e conocí a Ricardo Gueralvez y a muchísimos halconeros de la costa oeste y ha de vuelta tenía mi primero Harris.
Y a principio a los aficionados españoles no los quería, les parecían feos, los comparaban constantemente con los azores, creían que era un ave de presa ordinaría, que caza muy lento como decía Ricardo Alonzo.
¿Cual es tu especie favorita?
Para el alto vuelo, para la altanería me gustan las pequeñas aves, los halcones. Llevo a siete años volando exclusivamente gavilanes, siempre me ha cargado de los pájaros, no es bueno cargarse de muchos pájaros, es preferible tener cuatro o tres, pero a mí me gusta y si veo un halcón que me gusta lo compro y lo pongo a volar. Lo que más me gustan son los halcones, y dentro de los halcones los que más me gustan los peregrinos, de todas las subespecies.
En 2003 usted publicó el libro La leyenda del Águila de Harris, con la colaboración de cetreros como Harry Mac Elroy de EEUU y Rodrigo Munro-Wilsón de México, entre otros. Este libro es uno de los tratados más completos de esta especie publicado en Europa. ¿Cómo fue la recepción de este libro?
A mí me gusta muchísimo escribir así que sigo escribiendo no sólo de cetrería así como muchas cosas que no publico pero los Harris a principio me fascinaron porque llevan con tanta pasividad, de verlos cazando, a mí me encanta cazar el conejo, e colaborar con el Harris con el perro, entonces todo aquello que yo vi, porque todo para mí era nuevo yo escribí, especialmente sobre la cautividad y sobre la caza. Y al final quería un libro que ayudara a la gente que se iniciaba en la cetrería. De hecho el libro en sí a principio enseñaba sobre cría y caza, hay cosas que te parecen tan fáciles, y que no da tanta importancia, pero he escrito para un principiante, ahora en segunda edición ha hecho un pequeño capítulo más inicial para quien está comenzando.
¿Aquí en Brasil dicen que la mejor ave para empezar en la cetrería es la agüilla de Harris, que piensa de eso?
Aquí en España la tradición, la cultura nuestra cuando comenzamos desde hace cuarenta años era de empezar con el cernícalo, y yo pienso que lo mejor es empezar con un pequeño cernícalo porque el Harris aunque es un ave muy dócil no es tan fácil introducirlo en la caza y manejar y es cierto también que se no se hace bien al principio pues se vuelven agresivos, si no se sale a salir a la caza puede atacar al niño al perro y de hecho hay casos de mucha gente que no lo manejan bien y lo tratan como mascota y el Harris sí que tiene carácter y se vuelve agresivo. Entonces yo casi casi siempre digo, si tú no tienes noción ninguna lo mejor es acompañar a un cetrero experto por un par de años que tenga experiencia y esté cazando, salir con él y de ahí sí que le diría que la mejor ave para empezar es un Harris, pero si no hay un cetrero y hay que empezar de cero con tu proprio ave es mejor un pequeño cernícalo algo que sea mucho más sencillo y de ahí a pasar para el Harris, y me parece más difícil empezar con un halcón, que será el último.
En 1991 usted introduce en España las competiciones deportivas llamadas Sky Trial, y el campeonato de España de Altanería es considerado como la prueba de cetrería más prestigiosa de toda Europa. Cómo fue la introducción de estas competiciones? Hubo algún tipo de resistencia para su implementación en España? ¿Cuál es la importancia de campeonatos como este para la cetrería?
Yo vi a las competiciones sky trials y a mí me apasionó, la gente se llevaba muy bien, se divertía, era un espectáculo trabajar las palomas, la caza real trae sus problemas cuando se compite, en la caza real la presa hay que estar en las mismas condiciones, en fin a mí me pareció fenomenal y en 91 la puse en práctica aquí en España y hubo tanto éxito que la verdad es que este año precisamente en Diciembre hacemos 25 años del aquel primero sky trial, y bueno, nos reunimos a todos los aficionados de España. Es como una pequeña feria cetrera de artesanos de toda España, vendiendo sus productos, de caperuzas, guantes, bancos, alcándaras. Acaban de confirmar que viene el presidente de la asociación de halconeros de Rusia, vienen presidentes para conferencias, tenemos aficionados no solo de España pero de muchos puntos del mundo y es una pequeña feria, una pequeña fiesta.
Creo que la única competición de cetrería del mundo que es oficial por el consejo superior de deporte, los jueces aprobaran esa competición, hablando ese año con un amigo en Emiratos, él me confirmó que es la única competición oficial del mundo. Es mucho más difícil prohibir algo que es más fuerte, es una competición deportiva como si fuera de tenis, de futbol, de cetrería, he conseguido que fuera declarado como patrimonio cultural, yo quiero que en España perdure por el tiempo.
Usted tiene un trabajo académico muy importante, con la publicación de muchos artículos y participación de muchos eventos universitarios. ¿Cuál es la importancia de este diálogo entre la cetrería y la academia?
España tiene una cultura cetrera, que se inició a primero del siglo, tenemos una bibliografía medieval fantástica, el príncipe don juan Manuel, Juan de Saúl, Zapata, los clásicos medievales son importantísimos, y son libros importantes, los sigo leyendo, y yo me propuse hace algunos años a llevar a la cetrería a los colegios a las universidades, a explicar realmente que es la cetrería. La cetrería moderna se ha diversificado, aunque hay los más puritas que consideran que la cetrería es solamente cazar con los aves de presa, yo que tengo siempre una miente muy abierta veo que la cetrería va mucho más allá, los cetreros en el aeropuerto, volando a las Harris, cuidando de la seguridad del vuelo, la cetrería que se hace por ejemplo en los parques acuáticos, y en los grandes espacios recreativos, bueno no es cetrería en la definición de la palabra pero no deja de ser cetrería, luego hay muchísima gente que vive e importa la artesanía, no dejan de ser tan cetreros y halconeros porque no vuelan halcones, son los que producen caperuzas, guantes, que fabrican cascabeles, en fin lo que hay que hacer es conocer, en el buen sentido lo que es la cetrería.
Hay muchos cetreros más tradicionales que creen que el trabajo de control en los aeropuertos no es cetrería.
Por sí que es cetrería, en el aeropuerto de Sevilla, por ejemplo, tiene una periferia de 600 hectáreas, abundan muchísimo la caza, y la única manera de controlar a esa población ahí si es que vuelen muy bien por altanería, que acuchillen fuerte, no hay manera de controlar sin cetrería, y sí que es cetrería, es cetrería pura y dura. Hay gente con eses ideales medievales, y yo digo yo respecto a todos, pero que sí que el control de aves en el aeropuerto que sí es cetrería.
Cómo escritor e investigador, ¿cómo valora la importancia de los estudios teóricos para los cetreros de hoy?
Bueno a mis libros siguen leyendo, siguen comprando, yo soy músico y la música la industria de la música en España se ha perdido con la internet hoy ya nadie compra un cd, hoy cuando se hace música ya pone un concierto en directo pero nadie compra música. Sin embargo los libros si es cierto, yo soy un apasionado por los libros, tengo una biblioteca magnifica, y a mí me gusta tener el soporte físico el libro, leerlo, tocarlo, en fin, hay verdaderas joyas bibliográficas, yo generalmente busco un libro de 1800, en fin, es como una obra de arte y con la ventaja de que te la valorizan. No hace mucho yo compré una edición antigua, es una obra de arte, un libro valorado en 2,500 casi 3.000 euros, entonces lo compro, me gusta tenerlo. Yo digo que si quieren continuar con los profesionales, que ellos sigan escribiendo libros deberían intentar de no escanearlos y subirlos en páginas donde se lo ofrecen gratis. Un chico de Cuba que lo conocí en los Emiratos me dijo, mira que aquí es muy difícil conseguir libros y entre nosotros no podemos comprar libros, entonces yo te voy a regalar dos, tres, cuatro, de echo a mí no me importa regalar libros, pero que si me parece que no está bien es de subirlos para que se queden gratis.
¿Cuáles son sus planes futuros?, ¿Está trabajando en un nuevo libro? Bueno ya tengo un libro que es una obra muy ambiciosa, esa semana tuve en la costa Portuguesa mirando los libros antiguos que conocía, calculando distancias entre hilos, mirando un estudio fisiológico del Brookei porque él tiene una morfología tan distinta, que me parece que vale la pena hacer ese estudio. Lo que sí quiero es crear un museo de cetrería aquí en España, me gustaría crear el primero centro internacional de cetrería aquí en España de manera que sigo manejando la competición, la artesanía, y estoy en contacto con distintas ciudades y estamos conversando.
En Brasil la cetrería está avanzando mucho, mismo sin tener una legislación que permita la caza sin un permiso especial. En el evento de IAF en Misiones, Argentina 40 brasileños participaron incluso con ponencias muy importantes. ¿Cómo usted ve la cetrería en Brasil?
Yo iba a ese encuentro en Argentina pero no pude porque en esa fecha tenía que dedicarme a la familia, y yo he hablado con varios compañeros tuyos, que no me acuerdo a los nombres, y ustedes tienen la suerte de tener unas especies fantásticas que podéis manejarlos que son especies exóticas de la selva que no las pueden manejar en otro lugares del mundo o sea un spizaetus ,un bicolor, así que podéis manejar prácticamente especies que ninguno cetrero o halconero europeo puede manejar y bueno sois jóvenes, y hablando con Silveira que la tradición comienza en algún momento de la historia del país y que así que ustedes van a empezar a escribir la página de la tradición cetrera de Brasil, una cultura cetrera importantísima y los veo a vosotros como pioneros de la cetrería brasileña.
¿Para los iniciantes en este arte tan especial, cuál es su recomendación? ¿Por dónde empezar? Ahora la persona que se inicia tiene la tremenda ventaja de que la información es tremenda, con internet la información que un tiene hoy en día de la cetrería yo nunca la podría tener en quince años, porque o era por carta o por teléfono, no sabíamos cómo contactar a los halconeros o cetreros en buscador de Czechoslovakia. Hoy es bastante fácil pero es bien cierto que la cetrería es muy sacrificada, tiene que apasionarte, tiene que luchar, sino yo creo que la cetrería se aprovecha muy poco, la gente joven hoy lo tiene mucho más fácil que nunca.
Muchas gracias por esta entrevista para mi blog Diário de estudos de falcoaria (diario de estudios de cetrería), seguro que a todos los brasileños les va a encantar leer esta entrevista y conocerle un poco más.
Gracias a ti Kátia y un abrazo muy fuerte a todos los brasileños, y me disculpen porque tengo ya en la cabeza la edad y me cuesta mucho recordar nombres pero fueron muy amables conmigo en todos los momentos, y me invitaran a Brasil, en fin muchísima suerte.
INTERVIEW WITH OBREGON REYES IN ENGLISH
You are member of the spanish falconry association since its foundation in 1978, as well as a member of many other associations. What is the importance of a falconer joining one or more associations?
Spain is very complicated because here there are 17 autonomous communities and each one has a parliament with a president, and then the problem is that each community has competences given by the central government and in this case they affect all of us, in terms of natural environment and in terms of hunting. In Andalusia, for example, it is allowed to fly some species, in Castilla la Mancha or in Pais Bajo other ones, in Madrid the same, so it is complicated. To give you an idea there are communities such as Castilha Leão and Castilla La Mancha that are borderlands and that allow us to fly a pair of hybrids, in another just a male of hybrids, in another you can fly a male Harris, it´s a big mess. And another point is about the hunting license, in each community you have to take the hunting license. What happens is that the problems are very difficult to solve, then each community has an association besides the national association, that cares about the problems of each community.
Do you believe that is important for the beginners to join and association? I believe so, there is an old saying that says that the union makes the force, and the only way to have strength in a sport like our that is minoritarian is that we need to be united, in this way there is more power than when we are apart from each other.
Your first book was published in 1985, it is called goshawk god made you eternal, and it is considered as one of the classics of spanish falconry. How did you come up with the idea of writing this book?
In my Family there has always been a lot of musical and synergetic culture. My father was very addicted by hunting, but in my case since I was a little boy, I´ve been fascinated by the birds of prey. The first birds that I had flown were goshawks; actually during 10-12 years of my life I had only flown goshawks. So it was just a hunting diary, I´ve never thought about publishing it. What happened is that José Antoni Val Verde, the creator of the national park of Doñana, who I consider a genius, encouraged me. And then the first book of Jorge Rodriguez de La Fuente, who initiated me in falconry, arrived and at that time I was living in Seville, and in the day that we met, he was much older than me, he told me that I had to publish this book. At first I said no, I was a little bit shy in publishing this first book, so I made it with all my heart, it was like the first girlfriend, that you fall in love with. In the end he convinced me and the book was very successful in Spain and 10 years ago it was republished in Spanish and English, and the truth is that I really like this book a lot.
in 1988 you created the first breeding center in captivity for birds of prey that today reproduces around 10 different species. how was the beginning of this project?
We need to be careful about this; we need to make it clear. We in Spain were allowed to take birds from nature, and there is a national birds of prey council and it was the responsible of deciding which birds we could fly in all Spain, and there was a waiting list, we were just a few at that time, and they put us in the waiting list to be able to have a falcon. On the other hand we had to find the nest and get the authorization of the farmer´s owner where the nest was, and also there should be a determined number of chicks so you could take one to use them in falconry, it was a big mess.
But what made us decide working with the captivity breeding was precisely the prohibition of falconry in Spain in 89, so each of us, some friends from Madrid that went to France, went to England, and we had no idea how to breed a falcon or how to breed a goshawk. After that we went to the US, to the West coast, to the university of Santa Cruz, and there I learned the semen extraction technique and the insemination one, and when I came back to Spain I created a center and started to breed, in this aspect we were the pioneers in Spain, and we joined in this adventure and created 4 or 5 centers, and with time we started to breed even more species, we have bred until now 14 or 15 species, even hybrids.
In 1898 you imported the first harris hawks and these birds were the first one of this species in Spain, and then you started breeding them and thanks to that this species became very popular as low-flight birds. what was the reaction of the spanish falconers to the harris?
A biologist friend of mine that had studied for his PhD in the US told me that he had met in the US a falconer that flied a bird of low-flight that was very different from the goshawk, that had a very noble and sweet character, and was very easy to train and to breed in captivity, and we put an ad and a man from California answered us saying that he was spending Christmas in Paris, and I invited him to come to Spain and he stayed with us for nine days, and we taught him the falconry that we do here, and he told me when he left, he enjoyed a lot here, in Andalusia, that when I went to California he would give me a Harris as a gift. And in the next year I flew to Sacramento and I stayed there for three months, living in California, in Nevada, in Utah, and I met Ricardo Gueralvez and many others west coast falconers and coming back I already had my first Harris.
At first the Spanish falconers didn´t enjoy the Harris, thought that they were ugly, they compared them to the goshawks, believed they were an ordinary bird of prey, and that they hunted very slow, as Ricardo Alonzo used to say.
What is your favorite species?
For high-flight, for altaneria I like the small birds, the falcons. I’ve been flying exclusively hawks for the last seven years. I´ve always been involved with birds, it´s not good to occupy yourself with many birds, it’s better to have four or three, but if I like and see a falcon that I like, I buy it and fly it. What I enjoy the most are the falcons, and into the falcons group I prefer the peregrines, from all subspecies.
In 2003 you published the book the legend of the harris, with the collaboration of falconers as harry mac elroy from the US and Rodrigo Munro-Wilsón from Mexico, among others. this book is one of the most complete books of harris ever published in europe. how was the reception of this book?
I like writing so I keep writing not only about falconry but also about many things that I don´t publish. The Harris at first fascinated me because you handle them with such passivity, and seeing them hunting, I love hunting rabbits with Harris and the dog, so everything that I saw, because all was new to me, I wrote, especially about captivity and hunting. And in the end I wanted a book that helped people starting in falconry, in fact the book at first taught about raising and hunting, there are things that seem so easy, and that you don´t give enough importance to them, but I wrote for a beginner, and now in the second edition I´ve made a small chapter for those who are starting on it.
Here in Brazil they say the best bird to start in falconry is the harris hawk, do you agree with this?
Here in Spain the tradition, in our culture since 40 years ago, when you start in falconry you use a kestrel, and I believe that the best is to start with a small kestrel because the Harris even being very docile it´s not easy to introduce him in hunting and to handle him, and it´s also true that if you don´t do it correctly since the beginning they turn to be aggressive, if you don´t take them for hunting they can attack a child or the dog, and in fact there are many people that don´t handle them correctly, and treat them as a pet and the Harris does have a character and becomes aggressive.
So I almost always say, if you don´t have any notion about falconry the best option is to follow an expert falconer for a couple of years, that has experience in hunting and go hunting with him, and then in this case I would recommend a Harris to start. But if there aren´t any falconers and you have to start from scratch with your own bird, it´s better a small kestrel, something which is simpler and then go to the Harris, and for me it´s more difficult to start with a falcon, this would be the last one.
In 1991 you introduced in Spain the Sky trial competitions, and the Spanish altaneria championship is considered as the most prestigious falconry contest in all Europe. how was to introduce this competition?
I saw the sky trial competitions and felt in love with them, people conducted them very well, had fun, it was amazing working with the pigeons, real hunting brings its problems when you are competing, in real hunting the prey has to be in the same conditions, so it looked incredible for me the Sky trial and in 91 I brought it to Spain and it was a big success, well, we gathered all the enthusiastic falconers from Spain. Actually in this year in December we will celebrate the 25th edition of Sky trial in Spain. It´s like a small falconer´s fair and artisans from all over Spain, selling their products, hoods, gloves, screen perches. They have just confirmed the presence of the president of Russia´s falconry association; they will come to the conferences. We have people coming not only from Spain but from different parts of the world. It is a small festival, it is a small party. I believe that this is the only official falconry competition in the world that is official by the sports superior council, the judges approved this competition. Talking to a friend in the Emirates, he confirmed me that this is the only official competition in the world. It is much more difficult to forbidden something which is stronger, it´s a sports competition just like a tennis, soccer, falconry competition. It was declared as a cultural heritage and I want it to last in Spain for a long time.
You have a very important academic work, with the publishing of many scientific articles and the participation in many university events. How important is this dialogue between falconry and the university?
Spain has a falconry culture that started many centuries ago, and we have a fantastic medieval literature, the prince Dom Juan Manuel, Juan de Saúl, Zapata, the medieval classics are very important, and the books are very important, I continue reading them. It has been a while since I made the decision of taking falconry to the schools and universities, to explain what falconry really is. The modern falconry has diversified itself; there are the more purists that still believe that falconry is only hunting with birds of prey. I have an open mind and I believe that falconry is much more, the falconers in the airport flying Harris, taking care of flight security, the falconry that is made in the water parks and in the big recreational spaces. Well, it´s not falconry in the word definition, but it´s still falconry, and besides that there are many people who live and import handcraft, they should be considered falconers even not flying falcons, because they produce hoods, gloves, so the important is to know what falconry is.
there are many falconers who believe that the fauna control work in the airports can´t be considered as falconry
But of course it´s falconry, in Seville´s airport, for example, there is a periphery of 600 hectares, there are many hunting, and the only way to control this population is flying very well, by altaneria (hunting by high flying), that hold strong, and there is no other way to control them without falconry, so this work is really falconry, pure and hard falconry. There are some people with this medieval ideal and I respect everyone, but for me the fauna control in airports is real falconry.
As a writer and investigator, how important is studying to the modern falconers?
People continue Reading and buying my books, I am a musician and music, the music industry in Spain has finished due to the internet. Nowadays nobody buys a cd, today when someone records a song it´s already in the internet, but nobody buys music anymore.
Talking about books, I am fascinated by books, I have a magnificent library and I like to have the printed book, to hold it in my hands, touch it, read it. There are many books which are bibliographic jewelry; a book from 1800 is like a piece of art, with the advantage that people value it. Very recently I´ve bought an old edition, it´s a masterpiece, a book valued in € 2.500 almost € 3.000 euros, so I bought it, I like having it. I say that if you want to maintain the professionals writing you should try not to scan the books and upload them to pages which offer them free. A guy from Cuba that I met in the Emirates told me that in his country it was almost impossible for them to buy books, so I gave them three, four copies of my book. I don´t care about giving books as gifts, what I really don´t think it´s right is uploading books and sharing them free.
what are your future plans? are you working on a new book? Well, I´ve already have a book that is a very ambitious one, this week I´ve been to the Portuguese coast to look some antique books that I´ve already knew, calculated some distances, looking through a physiological study of Brookei, because it has such a different morphology, that I believe it´s worth studying it. What I really want to do is to create a falconry museum here in Spain, I´d like to create the first international center of Falconry here in Spain, and also I continue organizing the competition, the handcraft, I am in touch with different cities, and we have been talking about this.
The Brazilian falconry is progressing very much. in the IAF event in Misiones, Argentina, 40 Brazilians participated, and also gave important lectures. How do you see falconry in brazil?
I was going to this event in Argentina but I had to dedicate this time to my Family. I´ve talked to many of your friends, I don´t remember their names, and you have the luck to have fantastic species that you can fly, that are jungle exotic species that can´t be flown in other parts of the world, such as the Spizateus and the bicolor, so you can do things that no other falconer in Europe can. And well, you are young and talking to Silveira I said that tradition starts in some moment in the country history, and that you can start writing the falconry tradition in Brazil, a very important falconry culture, and I see you as the pioneers of Brazilian falconry.
For the beginners of this special art, what do you recommend? Anyone starting now has the tremendous advantage that is the internet, the information that now you have, I couldn’t have it for 15 years, because all we had were the telephone and the letters. We couldn´t contact the falconers from Czechoslovakia using google. Today it´s much easier, but it´s important to understand that falconry is very sacrificing, you have to be in love with falconry, have to fight for it, otherwise you don´t really take advantage of it. To the beginners nowadays everything is easier.
Thank you very much for this interview for my blog Diário de estudos de falcoaria (Falconry Journal), I´m sure all Brazilians will love reading this interview and knowing you a little more.
Thank you, Kátia. And a big hug to all Brazilians, please forgive me because I have already the influence of age and for me remembering names is difficult, but all Brazilians were very kind to me, even invited me to go to Brazil, so good luck for you!
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