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Foto do escritorKátia Boroni

STRIGIFORMES BRASILEIROS EM PERIGO

Atualizado: 21 de out. de 2020



INTERFERÊNCIAS SOFRIDAS PELOS STRIGIFORMES BRASILEIROS

COM O DESENVOLVIMENTO HUMANO


Marc Alexandre Petroff;

Felipe Facklam;

Karina Pimentel;

Theelen Balestrin;

Kátia Boroni

Gabriela Mendes;

Marta Cardoso;

Yasmin Balzi

Associação Nacional para Pesquisa, Conservação e Preservação de Strigiformes

procorujas@yahoo.com.br


Foram necessárias pouco mais de duas décadas, para as corujas deixarem de ser caçadas por assassinos crédulos e se tornarem animais de estimação. Não importa o propósito, espécie, ambiente e situação, as corujas brasileiras sofrem com as ações antrópicas impostas pelo homem moderno, dificultando cada vez mais o desenvolvimento de seus hábitos, e funções naturais, pondo em risco a perpetuação natural das espécies.

O equilíbrio ambiental sempre foi representado como uma tênue linha enlaçando intimamente tudo que existe no planeta. Populações mantinham-se coesas e coexistindo uma com as outras, por saberem quais eram as condições para que a espécie e suas funções naturais se propagassem ao longo do tempo até atingirem seu destino natural. Com o passar do tempo, a espécie humana evoluiu e se desenvolveu como uma das maiores espécies predadoras do planeta, regendo o destino das demais formas de vida, impondo suas “necessidades” de existência. As consequências do crescimento populacional humano desordenado e sua constante necessidade de expansão e consumo desenfreado dos recursos naturais apresentam-se como uma amarga e dolorosa realidade que diariamente permanece invisível aos olhos de seus semelhantes.

Descrevemos brevemente aqui algumas das interferências que esse desenvolvimento humano causa direta e/ou indiretamente sob os hábitos das populações de strigídeos de vida livre, complementando estas informações com dados sobre os espécimes mantidos em cativeiro.

Igualmente predadoras, as corujas desenvolveram adaptações e especificidades condizentes ao seu papel natural de selecionadoras de indivíduos e controladoras populacionais, levando-as a uma fragilidade digna de bioindicadoras da qualidade de vida dos ambientes em que se encontram. Ao se confrontarem com a presença humana, esta fragilidade traz dolorosas e graves consequências, subtraindo diariamente da natureza representantes de todas as espécies de animais, incluindo strigídeos.


As populações de corujas de vida livre, continuamente recebem interferências em seus comportamentos devido à expansão da malha rodoviária, rede de distribuição elétrica, principalmente próxima ou dentro de unidades de conservação e desenvolvimento da rede de comunicação móvel causando desde morte fetal, problemas com desenvolvimento fisiológico, imunológico, anatômico e comportamental.

Nas regiões onde o turismo é explorado incorreta ou descontroladamente, as corujas se veem “encurraladas” entre pequenas áreas naturais e urbanas, pondo em risco seus comportamentos reprodutivos e o desenvolvimento natural de sua prole. Já nas cidades litorâneas, o confronto com o homem tem se mostrado prejudicial tanto para as corujas, com o abandono dos ninhos e filhotes, como para o homem, com ataques territorialistas. Nas zonas rurais as interferências nos hábitos naturais da população de strigídeos são feitas de forma invisível, continua e mortal, novamente com o aumento e melhoramento da malha rodoviária, contaminação eletromagnética oriunda de torres de retransmissão de celulares, e a utilização de agrotóxicos. Além desses fatores, muitas vezes não só strigídeos, mas também outras aves de rapina são mortas por fazendeiros já que por serem caçadores natos, acabam predando animais criados em fazenda com o intuito de serem comercializados, “prejudicando” assim, o comércio desses animais.

Casos onde filhotes “encontrados” fora de seus ninhos e mantidos em cativeiro, são cada vez mais comuns. Mesmo recebendo todos os cuidados necessários para seu desenvolvimento natural, a reabilitação de imaturos e/ou filhotes nunca será feita de maneira adequada, pois desde seus primeiros dias de vida, os filhotes iniciam seu aprendizado quanto ao reconhecimento interespecífico, vocalizações da espécie, aprendizado de voo, métodos de captura, áreas de atuação e até mesmo comportamentos reprodutivos.

Atropeladas, eletrocutadas, contaminadas, capturadas ou resgatadas, esquartejadas, mutiladas e/ou cegas, estas corujas, por não serem capazes de sobreviverem por si só, são acolhidas nos já superlotados Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETAS e CRAS). Com realidade não diferente, as Instituições Zoológicas sofrem igualmente com o descaso e a omissão, tornando seus esforços para manutenção adequada de seus plantéis, invisíveis perante a visão distorcida da população humana.

Sem dados formais, a coleta ilegal de corujas da natureza parece ser frequente e significante principalmente em feiras populares e municípios mais afastados dos grandes centros. Por outro lado, a compra legalizada de corujas reproduzidas em cativeiro tem sido cada vez maior.

Mesmo podendo coibir a compra ilegal, a responsabilidade e o comprometimento de “possuir” uma coruja oriunda de criadouro legalizado é singular, diferentemente de ter outra ave ou até mesmo animais domésticos. Caso sejam adquiridas por pessoas sem preparo ou conhecimento de seus hábitos e necessidades fisiológicas e comportamentais, a fuga destes indivíduos pode trazer graves consequências tanto para o mesmo como para a população de vida livre. Além de aumentar a competição alimentar, a inclusão destes indivíduos pode comprometer a reprodução de casais já estabelecidos na natureza, interferindo com a genética populacional. No pior cenário, o indivíduo pode vir a morrer por não conseguir se manter adequadamente na natureza, pela falta de experiência de caça, escolha de alimento e defesa contra predação.


Recentemente, recebemos informações sobre a importação de espécies nativas de outros países, possivelmente para procriação e comercialização. Dependendo da espécie e país de origem, sua adaptação aos ambientes e clima brasileiros pode não ocorrer, somado ainda a falta de conhecimento específico quanto ao manejo destes espécimes em cativeiro. Mesmo se a ave importada for de um gênero científico existente no Brasil, seus comportamentos e hábitos naturais serão muito diferentes, o que trará piores consequências ás populações brasileiras. Mesmo havendo diferentes opiniões sobre o assunto, nos reservamos o direito de mencionar que não somos favoráveis à importação de corujas para reprodução e comercialização destes como animais de estimação. Nossa intensão, neste caso, não é o de inflamar as discussões sobre o direito de uma pessoa ter ou não uma coruja como animal de estimação, mas o de alertar quanto ao despreparo e a negligência quanto aos cuidados necessários para se manter uma coruja como PET, para principalmente evitar fugas. Em cativeiro, a preocupação com o seu bem estar deve ser prioritário, como por exemplo, evitando o aumento de seu peso com exercícios de voo, controle da quantidade e tipo da alimentação, oferecimento de poleiros adequados a espécie para evitar problemas físicos, não submetendo o indivíduo ao estresse.

Agradecemos a oportunidade de divulgar nossos dados e opiniões, disponibilizando-nos a auxiliar os leitores com relação a qualquer necessidade a que vierem precisar.


INTERFERENCES SUFFERED BY BRAZILIAN STRIGIFORMES

CAUSED BY HUMAN DEVELOPMENT


Marc Alexandre Petroff;

Felipe Facklam;

Karina Pimentel;

Theelen Balestrin;

Kátia Boroni

Gabriela Mendes;

Marta Cardoso;

Yasmin Balzi

Associação Nacional para Pesquisa, Conservação e Preservação de Strigiformes

(National Association for Research, Conservation and Preservation of Strigiformes)

procorujas@yahoo.com.br

It took little more than two decades for owls to stop being hunted by gullible killers and become pets. No matter the purpose, species, environment and situation, Brazilian owls suffer from the anthropic actions imposed by modern man, making it more difficult to develop their habits and natural functions, putting at risk the natural perpetuation of species.

Environmental balance has always been represented as a thin line, intimately entwining everything on the planet. Owl populations remained cohesive and coexisting with one another because they knew the conditions and natural functions necessary for their species to propagate over time until they reached their natural destination. Over time, humans evolved and developed as one of the planet's greatest predatory species, ruling the fate of other forms of life, imposing its "needs" for existence. The consequences of disorganized human population growth and its constant need for expansion, as well as the unrestrained consumption of natural resources present humans as a bitter and painful reality that daily remains invisible to the eyes of their fellow men.

We briefly describe here some of the interferences that this human development causes directly and / or indirectly in the habits of populations of free living strigids, complementing this information with data on the specimens kept in captivity.

Equally predatory, owls have developed adaptations and specificities that are consistent with their natural role as individuals selectors and population controllers, leading them to a fragility worthy of bioindicators of the quality of life of the environments in which they are found. When confronted with human presence, this fragility brings painful and serious consequences, subtracting daily from nature representatives of all animal species, including strigids.

Wild owl populations are continuously receiving interference in their behavior due to the expansion of roads, electrical distribution network (mainly in the vicinity of or within conservation units), and the development of the mobile communication network, causing problems such as fetal death, problems with physiological development, immunological, anatomical and behavioral.


In regions where tourism is exploited incorrectly or wildly, owls are "trapped" between small natural and urban areas, endangering their reproductive behaviors and the natural development of their offspring. In the coastal cities, the confrontation with man has been harmful for the owls, with the abandonment of nests and chicks, as for man, with territorial attacks. In rural areas, the interference in the natural habits of the strigid population is made invisibly, continuous and deadly, again with the increase and improvement of the road network, electromagnetic contamination from cell phone relay towers, and the use of pesticides. In addition to these factors, often not only strigids, but also other birds of prey are killed by farmers as they are predators and end up hunting animals raised on farms with the aim of being commercialized, thus "harming" the trade of these animals.

Cases where owlets "found" outside their nests and kept in captivity, are increasingly common. Even receiving all the necessary care for their natural development, the rehabilitation of immature and / or chicks will never be done properly, since from the first days of life the chicks begin their learning regarding interspecific recognition, vocalizations of the species, flight learning, hunting methods, areas of action and even reproductive behavior.

These owls which are trapped, electrocuted, contaminated, captured or rescued, quartered, mutilated and / or blinded, can´t survive on their own, so they are received in the already overcrowded Wildlife Rehabilitation Centers (CETAS and CRAS). It´s not different from the Zoological institutions reality, as they also suffer from neglect and omission, making their efforts to properly maintain their animals invisible to the distorted view of the human population.

Without formal data, the illegal trapping of wild owls seems to be frequent and significant, especially in popular fairs and cities far away from the large centers. On the other hand, the legalized purchase of owls reproduced in captivity has been increasing.

Even though it may restrain illegal purchase, the responsibility and commitment to "own" an owl from a legalized breeding center is unique, it´s unlike having any other bird or even domestic animal. If they are acquired by unprepared people or without specific knowledge of their physiological and behavioral habits and needs, the escape of these individuals can have serious consequences for both them and the free-living population. In addition to increasing food competition, the inclusion of these individuals may compromise the reproduction of couples already established in nature, interfering with population genetics. In the worst case scenario, the individual may die due to lack of proper hunting experience, choice of food and defense against predation.

We recently received information on the importation of native species from other countries, possibly for breeding and commercialization. Depending on the species and country of origin, their adaptation to Brazilian environment and climate may not occur, in addition to the lack of specific knowledge regarding the management of these specimens in captivity. Even if the imported bird is of a scientific genus existing in Brazil, its behavior and natural habits will be very different, which will bring worse consequences to the Brazilian populations. Although existing different opinions on the subject, we reserve the right to mention that we are not in favor of importing owls for breeding and marketing these as pets. Our intention here is not to inflame discussions about a person's right to have an owl as a pet, but rather to warn of the lack of prepare and about the neglect considering the necessary care to maintain an owl as a pet, mainly to avoid escapes.

In captivity, the concern for their well-being should be a priority, for example, avoiding the increase of their weight with flight exercises, controlling the quantity and type of food, offering suitable perches to the species to avoid physical problems, and not submitting the individual to stress.

We appreciate the opportunity to disseminate our data and opinions, and we are available to assist readers with any need they may have.

INTERFERENCIAS SUFRIDAS POR LOS STRIGIFORMES BRASILEÑOS CON EL DESARROLLO HUMANO


Marc Alexandre Petroff;

Felipe Facklam;

Karina Pimentel;

Theelen Balestrin;

Kátia Boroni

Gabriela Mendes;

Marta Cardoso;

Yasmin Balzi

Associação Nacional para Pesquisa, Conservação e Preservação de Strigiformes

(Asociación Nacional para la Investigación, Conservación y Preservación de Strigiformes)

procorujas@yahoo.com.br

Se necesitaron poco más de dos décadas, para que los búhos dejasen de ser cazados por asesinos crédulos y se convirtieran en mascotas. No importa el propósito, especie, ambiente y situación, los búhos brasileños sufren con las acciones antrópicas impuestas por el hombre moderno, dificultando cada vez más el desarrollo de sus hábitos, y funciones naturales, poniendo en riesgo la perpetuación natural de las especies.

El equilibrio ambiental siempre ha sido representado como una tenue línea enlazando íntimamente todo lo que existe en el planeta. Las poblaciones se mantenían cohesionadas y coexistiendo una con las otras, por saber cuáles eran las condiciones para que la especie y sus funciones naturales se propagaran a lo largo del tiempo hasta alcanzar su destino natural. Con el paso del tiempo, la especie humana evolucionó y se desarrolló como una de las mayores especies predadoras del planeta, rigiendo el destino de las demás formas de vida, imponiendo sus "necesidades" de existencia. Las consecuencias del crecimiento poblacional humano desordenado y su constante necesidad de expansión y consumo desenfrenado de los recursos naturales se presentan como una amarga y dolorosa realidad que diariamente permanece invisible a los ojos de sus semejantes.

Describimos brevemente aquí algunas de las interferencias que ese desarrollo humano causa directa y / o indirectamente bajo los hábitos de las poblaciones de estrígidos de vida libre, complementando estas informaciones con datos sobre los especímenes mantenidos en cautiverio.

Igualmente depredadoras, los búhos y lechuzas desarrollaron adaptaciones y especificidades que corresponden a su papel natural de seleccionadoras de individuos y controladoras poblacionales, llevándolas a una fragilidad digna de bioindicadoras de la calidad de vida de los ambientes en que se encuentran. Al enfrentarse a la presencia humana, esta fragilidad trae dolorosas y graves consecuencias, sustrayendo diariamente de la naturaleza representantes de todas las especies de animales, incluyendo los estrígidos.

Las poblaciones de búhos de vida libre, continuamente reciben interferencias en sus comportamientos debido a la expansión de las carreteras, de la red de distribución eléctrica (principalmente próxima o dentro de unidades de conservación) y el desarrollo de la red de comunicación móvil causando problemas como muerte fetal, problemas con desarrollo fisiológico, Inmunológico, anatómico y de comportamiento.

En las regiones donde el turismo es explotado incorrectamente o descontroladamente, los búhos se ven "atrapados" entre pequeñas áreas naturales y urbanas, poniendo en riesgo sus comportamientos reproductivos y el desarrollo natural de su prole. En las ciudades costeras, la confrontación con el hombre se ha mostrado perjudicial tanto para los búhos, con el abandono de los nidos y polluelos, como para el hombre, con ataques territorialitas. En las zonas rurales las interferencias en los hábitos naturales de la población de estrígidos se hacen de forma invisible, continua y mortal, nuevamente con el aumento y mejora de la red de carreteras, contaminación electromagnética proveniente de torres de retransmisión de celulares, y la utilización de agrotóxicos. Además de estos factores, muchas veces no sólo los estrígidos, pero también las otras aves de presa son muertas por hacendados ya que son depredadores y acaban cazando animales criados en haciendas con el propósito de comercialización, "perjudicando" así el comercio de esos animales.

Casos donde polluelos de búhos son "encontrados" fuera de sus nidos y mantenidos en cautiverio, son cada vez más comunes. A pesar de recibir todos los cuidados necesarios para su desarrollo natural, la rehabilitación de inmaduros y / o pollos nunca será hecha de manera adecuada, pues desde sus primeros días de vida, los pollos inician su aprendizaje en cuanto al reconocimiento interespecífico, vocalizaciones de la especie, aprendizaje de la especie, métodos de captura, áreas de actuación e incluso comportamientos reproductivos.

Las lechuzas y búhos electrocutados, contaminados, capturados o rescatados, descuartizados, mutilados y / o ciegos, por no ser capaces de sobrevivir por sí solos, son acogidos en los ya superpoblados Centros de Clasificación y Rehabilitación de Animales Silvestres (CETAS y CRAS). Las Instituciones Zoológicas no tienen una realidad distinta, también sufren con el descuido y la omisión, haciendo sus esfuerzos para el mantenimiento adecuado de sus animales, invisibles ante la visión distorsionada de la población humana.

Sin datos formales, la recolección ilegal de búhos de la naturaleza parece ser frecuente y significativa principalmente en ferias populares y municipios más alejados de los grandes centros. Por otra parte, la compra legalizada de búhos reproducidos en cautiverio ha sido cada vez mayor.

Incluso ayudando a cohibir la compra ilegal, la responsabilidad y el compromiso de "poseer" un búho oriundo de un centro de cría legalizado es singular, totalmente diferente de tener otra ave o incluso otras especies de animales domésticos. En caso de que sean adquiridas por personas sin preparación o conocimiento de sus hábitos y necesidades fisiológicas y conductuales, la fuga de estos individuos puede traer graves consecuencias tanto para el mismo como para la población de vida libre. Además de aumentar la competencia alimentaria, la inclusión de estos individuos puede comprometer la reproducción de parejas ya establecidas en la naturaleza, interfiriendo con la genética poblacional. En el peor escenario, el individuo puede morir por no poder mantenerse adecuadamente en la naturaleza, por la falta de experiencia de caza, elección de alimento y defensa contra depredación.


Recientemente, recibimos la información sobre la importación de especies nativas de otros países, posiblemente para la procreación y la comercialización. Dependiendo de la especie y país de origen, su adaptación a los ambientes y clima brasileños puede no ocurrir, sumando aún la falta de conocimiento específico en cuanto al manejo de estos especímenes en cautiverio. Mismo si el ave importada es de un género científico existente en Brasil, sus comportamientos y hábitos naturales serán muy diferentes, lo que traerá peores consecuencias a las poblaciones brasileñas. Aunque haya diferentes opiniones sobre el tema, nos reservamos el derecho de mencionar que no estamos a favor de la importación de búhos para la reproducción y comercialización de éstos como animales domésticos. Nuestra intención, en este caso, no es el de inflamar las discusiones sobre el derecho de una persona de tener o no un búho como animal doméstico, sino el de alertar en cuanto al despreparo y la negligencia en cuanto a los cuidados necesarios para mantenerse un búho como mascota para evitar fugas. En cautiverio, la preocupación por su bienestar debe ser prioritaria, como por ejemplo, evitando el aumento de su peso con ejercicios de vuelo, el control de la cantidad y tipo de la alimentación, el ofrecimiento de perchas adecuadas a la especie para evitar problemas físicos, y no someter el individuo al estrés.

Agradecemos la oportunidad de divulgar nuestros datos y opiniones, poniéndonos a disposición para ayudar a los lectores con respecto a cualquier necesidad que tengan.

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